Por Carlos Alberto Januário – Pai adotivo
Depois de 4 anos de casamento, pensamos que era momento de termos filhos, porém, passados outros de 2 anos sem tê-los, procuramos ajuda médica. Foram muitas consultas, exames e tentativas. O desejo crescente de ter uma família tornava-se um choro diante de Deus pedindo por um milagre.
Por duas vezes, fomos inundados pela alegria da gravidez, mas arrasados pelo aborto espontâneo, quem já passou por esta dor sabe do que eu estou falando. Às vezes questionávamos a promessa de Deus, que faz da estéril mãe de filhos, sem perceber que o Deus de milagres faz com que o órfão encontre uma família.
Então, nosso coração se abriu para a adoção, e entendemos em Deus que havia um filho para nós, ele estava no coração do Pai, e precisava também ser gerado em oração. Passamos a orar por ele e por uma “coincidência”. Ele nasceu no ano em que começamos a orar, sim, ele foi gerado pela oração, nós já o amávamos, sem mesmo o conhecer. Um ano e meio mais tarde ele entrou pelas portas de nossa casa. Nos tornamos uma família. Entendemos que a promessa do Senhor se cumpriu em nossas vidas por meio do milagre da adoção.
Mas não parou por aí, a experiência da paternidade foi transformadora, por meio da adoção, entramos numa dimensão do coração de Deus que até então não conhecíamos, a palavra de Deus ganhou novas cores, e em nossa casa e coração havia espaço para mais um.
Aprendida a lição, passamos a orar novamente, desta vez a três, nosso primogênito fez parte de todo o processo, agora mergulhávamos em nova experiência, a adoção tardia. A convicção do Espírito Santo nos guiou em todo o processo, o medo e a insegurança foram substituídos pela certeza de que Deus estava gestando mais um milagre em nós. Após um ano de oração, nosso segundo filho nasceu com quase 8 anos de idade.
É maravilhoso ver a mão de Deus moldar o caráter destes garotos preciosos, são nossas riquezas, presentes de Deus. O caminho que temos trilhado como família tem sido uma linda aventura de amor, vencendo desafios, construindo pontes, experimentando a bondade de Deus que tem nos conduzido de forma sobrenatural à paternidade.