Por Sara Vargas – Presidente da ANGAAD (Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção)
Jesus, porém, disse:
— Deixem os pequeninos e não os impeçam de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos Céus. Mateus 19:14.
O Reino do Céus é um reino de paz, justiça e alegria no Espírito Santo. No Brasil muitos milhares de crianças e adolescentes vivem em situação de vulnerabilidade. Há muitas crianças e jovens que sofrem constantemente violências, abusos, abandono e negligências. Outras tantas vivem nas ruas em universo paralelo à vida que a maioria de nós conhece.
A mensagem de Jesus nos chama e abrirmos as portas e apontarmos o caminho para que estes meninos conheçam o Reino e se tornem cidadãos do mesmo. Mas como ouvirão se não há quem pregue? E não me refiro a uma pregação falada, mas a uma pregação vivida. Crianças não vão aprender sobre o Reino de Deus por meio de sermões se não tiverem uma experiência de amor paternal funcional; aquele amor que cuida, nutre, protege e potencializa o desenvolvimento saudável. Amor se mede sim:
Com beijos, abraços, palavras de afirmação… e assim podemos ir apresentando o Reino a estes pequenos.
Deus resolveu ter uma família e por sua infinita graça e misericórdia, por meio de Jesus Cristo decidiu nos adotar como seus filhos. Agora, apesar de nós, somos filhos de Deus, herdeiros com Cristo co-participantes da Sua glória e cidadãos do Reino. Como temos propagado a paz, a alegria e justiça do Reino às crianças e adolescentes vulneráveis? A Igreja pode impactar e transformar estas histórias de várias formas: Adotando, apadrinhando, acolhendo, ensinando, se voluntariando, apoiando famílias, contribuindo, orando…a única coisa que não podemos é permanecer deitados eternamente em berço esplêndido como se não tivéssemos nada a ver com o sofrimento e a orfandade dos nossos irmãos. O evangelho de Cristo nos tira da nossa zona de conforto. Então, que possamos obedecer o mandamento de Cristo, encarnar o Espírito de adoção pelo qual podemos clamar Aba Pai, e exercer o ministério da reconciliação.