Adoção

por Márcio Valadão pastor da Igreja Batista da Lagoinha de Belo Horizonte

No momento quando uma pessoa recebe Jesus como seu Senhor e Salvador, no momento em que diz: “Jesus, eu o recebo como meu Senhor e Salvador”, ela não muda de religião, não muda de igreja, mas a sua estrutura espiritual passa por uma metamorfose profunda, radical, chamada novo nascimento. Ela nasce de novo, sua aparência permanece a mesma, mas em seu interior passa a ter a vida de Deus. Essa pessoa ganha uma ligação com o Senhor. Quem não nascer de novo não pode ver  Deus como Pai, não experimenta a graça da adoção.

No dia 19 de maio de 1966, pela madrugada, eu disse: “Jesus, entra na minha vida, eu o recebo como meu Senhor e Salvador”. Quando me levantei era outra pessoa, com a mesma aparência física, mas com um novo coração, espiritualmente falando. Passei a fazer parte da família de Deus, Ele me adotou! Isso é tão grandioso! 

Passamos a ser filhos de Deus por meio da adoção, que não é comprovada por DNA e nem é uma questão natural, física, temporal, mas espiritual. Podemos dizer que por meio da adoção, segundo a perspectiva bíblica, um pecador arrependido se torna membro da família de Deus como se tivesse nascido nela. Ele ingressa na família com todos os direitos e privilégios de filho. Algo que precisamos guardar em nosso coração é que somos filhos adotivos de Deus. Essa adoção não foi um acidente, em que Deus teve que mudar o percurso de Sua vontade. Antes de o mundo existir, antes que Adão fosse criado, o propósito eterno de Deus era ter uma família em que todos os seus filhos fossem semelhantes ao Seu Filho Jesus.

“Deus nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo”, declara o apóstolo Paulo em Efésios 1.5.  A adoção é um plano divino, e podemos imitar o Senhor Deus também nesse ato. “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Efésios 5.1,2). Jamais imitaremos o nosso Deus criando outro sol ou outro planeta. Absolutamente! Mas podemos imitá-lo adotando, acolhendo tantos que foram abandonados, que carregam as marcas da rejeição. Vejo casais que Deus escolheu para que tivessem filhos por adoção. Tomo nos braços as crianças que foram adotadas e as consagro ao Senhor. Olho para o casal e o meu coração bate tão alegremente, pois ser Igreja é também adotar, mostrar que a adoção é um ato nobre, ensinado por um Deus gracioso, perfeito, santo, justo e amoroso.

Deus abençoe!

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