Por Jordana Ferreira – Pastora da IBC – Belo Horizonte
A verdade é que vivemos em um mundo caído, completamente corrompido pelo pecado. Quanto mais o tempo passa, mais distantes as pessoas estão do Senhor. Quanto mais a maldade se multiplica, mais o amor se esfria (Mateus 24:12), deixando um rastro de vítimas dentre as quais, e principalmente, se contam as crianças e adolescentes.
Mas a Igreja deve andar na contra mão. Em meio a um mundo que abusa das crianças e adolescentes, e que as abandona em abrigos e instituições de acolhimento, devemos ser a resposta de Deus aos pequeninos, oferecendo-lhes a chance de viverem em família e de experimentarem o amor do Senhor no seio de um núcleo familiar.
Ao longo das últimas décadas, as iniciativas da Igreja brasileira no sentido de solucionar ou minimizar o problema do abandono de menores em abrigos e instituições de acolhimento de nosso país tem sido tímidas.
Porém, creio que Deus está inaugurando um novo tempo. Pelos olhos da fé, vejo um país livre do abandono de crianças e adolescentes através do engajamento e trabalho intencional da Igreja de Cristo na promoção de adoções, apadrinhamentos e acolhimentos. Essa causa é nossa!
A Igreja pode ser a resposta a muitas orações feitas por crianças e adolescentes que estão privados da convivência familiar. Podemos dar ao mundo daquilo que antes já recebemos: a adoção de filhos. Sim, fomos adotados pelo Pai Celestial, que por sua imensa graça e misericórdia nos acolheu em sua grande família.
Quando Jesus veio ao mundo, esvaziando-se de Sua divindade e tornando-se um bebê humano, tão frágil, foi recebido em adoção por José, seu pai na Terra. José cuidou de Jesus e o acolheu em sua família mesmo sabendo que Ele não era sangue de seu sangue. E isso em nada diminuiu a legitimidade de sua paternidade. Ao contrário, a genealogia de Jesus é traçada pela linhagem de José, e não de Maria (Mateus 1).
Você já parou para pensar que a adoção de filhos está no coração de Deus? Sim, Ele mesmo, Jesus, o próprio Deus, experimentou o amor de um pai adotivo. Por esta razão, podemos dizer com toda certeza que temos um sumo sacerdote que se compadece dos pequeninos, e que anseia por sua adoção.
O Pai aguarda a resposta daqueles que serão pais e mães de uma geração que, deixando para trás a condição de abandonada, passará a viver alegremente em família, desfrutando do amor de Deus em toda a sua plenitude.
Sejamos a resposta! Eis-nos aqui, Senhor, envia-nos!