O milagre aconteceu

Por Arielly R. L. Mendes Bezerra – Mãe adotiva e Líder de juventude da Igreja do Nazareno em Mossoró

Foi em 10 de abril de 2019, um dia inesquecível, que nascia Ana Maria Lima Bezerra,
filha de João Matheus e Arielly Raiany. Um nascimento tão natural quanto um parto
normal, visto que ela nasceu primeiro no coração de Deus e em seguida em nossos
corações.

Naquele dia o fórum transformou-se em maternidade. Todos os envolvidos estavam ali,
unidos e vibrantes, para o nascimento de uma nova história. Enfim, a tarde chegou e a
adoção (nascimento) da nossa filha, se concretizou! Naquele momento o milagre
aconteceu! Ali éramos um do outro! Ela nos fez pais e nós a fazemos filha!

Depois de conhecer a sua vida, naquele dia, vivemos um lindo momento, desses que nos
deixa extasiados até hoje. E para ela também foi especial, afinal, ela sabia que um novo
tempo estava sendo escrito. A esperança ressurgia em seu coraçãozinho. O que parecia
um ponto final, a partir dali, em sua vida, surgia uma vírgula para que continuasse.

Ali pudemos contemplar a beleza que residia por trás de tanta dor que encobriam aquele
pequeno coração, que agora regado pela esperança de um lar, fazia brotar a semente da
alegria. Após algumas horas, recebemos a sentença da adoção. A partir dali, legalmente
éramos pais da nossa amável Ana.

Assim, Ana Maria Lima Bezerra para todos os efeitos legais passa a ser a nossa filha
(simplesmente e tão somente FILHA). Desde então, entendemos que adoção não é
adjetivo, adoção é verbo! E por ser verbo, adoção é um ato. Adoção, portanto, é um ato
de amor, fruto de uma escolha voluntária, onde não se espera nada em troca, mas que no
final recebemos muito mais do que ofertamos.

O tempo passou, as situações vieram e temos por certo que fortes emoções ainda
viveremos. Quando passamos a nos enxergar como uma família, nunca mais fomos os
mesmos. Em família nos ressignificamos! Todos os dias nos esforçamos para sermos
melhores. Nós três: pai, mãe e filha. Algumas vezes falhamos, outras acertamos, mas no
final, uma convicção carregamos: o que há em nós é muito maior que qualquer coisa. O
que nos fez acreditar que poderíamos ser os pais de Ana ultrapassa “o natural” e que o
AMOR sempre prevalecerá.

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